Pet faz bem ou mal para criança

Pet faz bem ou mal para criança?

Você já se perguntou se ter um pet em casa pode impactar a saúde e o desenvolvimento do seu filho?

Para muitas famílias, os animais de estimação são parte essencial do dia a dia, proporcionando carinho e companhia.

Mas será que eles realmente fazem bem para as crianças? Ou podem trazer riscos como alergias, doenças e até dificuldades comportamentais?

Estudos mostram que crianças que crescem com pets podem desenvolver melhor o sistema imunológico, reduzindo o risco de alergias e problemas respiratórios.

Além disso, a interação com animais está associada à melhora da saúde mental, reduzindo o estresse e ajudando na regulação emocional.

No entanto, é fundamental que os pais saibam como garantir a segurança e o bem-estar tanto da criança quanto do animal, evitando problemas como mordidas, arranhões e falta de higiene.

Por outro lado, a presença de um pet também exige cuidados específicos. Crianças muito pequenas podem ter contato frequente com pelos, saliva e resíduos que podem desencadear reações alérgicas. Além disso, sem a supervisão adequada, existe o risco de zoonoses — doenças transmitidas de animais para humanos, como micoses, verminoses e até infecções bacterianas.

Então, como equilibrar os benefícios e os cuidados necessários para garantir que essa relação seja saudável?

Vamos entender os impactos positivos e os desafios dessa convivência e como fazer escolhas seguras para seu filho e seu pet.

Benefícios de um pet na vida das crianças

A relação entre crianças e animais de estimação vai muito além da diversão. Pesquisas apontam que o convívio com pets pode impactar positivamente diversas áreas do desenvolvimento infantil.

1. Fortalecimento do sistema imunológico

Estudos da Universidade de Alberta, no Canadá, mostram que bebês que crescem em lares com cães ou gatos têm 44% menos chance de desenvolver alergias respiratórias e 31% menos risco de asma. O contato com os micro-organismos presentes nos pelos e na saliva dos pets ajuda a fortalecer as defesas naturais do organismo.

Além disso, uma pesquisa publicada no Journal of Pediatrics apontou que crianças que convivem com animais de estimação desde pequenas apresentam menos episódios de infecções no ouvido e menor incidência de resfriados.

2. Desenvolvimento emocional e social

Cuidar de um pet ensina responsabilidade, paciência e empatia. Crianças aprendem a reconhecer sinais de bem-estar e desconforto nos animais, desenvolvendo maior sensibilidade emocional. O convívio com pets também melhora a autoestima e reduz sentimentos de solidão, sendo especialmente benéfico para crianças tímidas ou com dificuldades de socialização.

Um estudo do American Academy of Child & Adolescent Psychiatry revelou que crianças que convivem com cães ou gatos têm 20% menos chances de desenvolver ansiedade e apresentam maiores níveis de ocitocina, hormônio ligado ao bem-estar emocional.

3. Estímulo ao desenvolvimento motor

Brincar com um cachorro, segurar um hamster ou alimentar um peixe envolve diferentes habilidades motoras. Correr atrás de um pet, jogar bolinhas ou levar o animal para passear são atividades que estimulam a coordenação e a mobilidade infantil, reduzindo o sedentarismo.

Uma pesquisa da Universidade de St. George, em Londres, indicou que crianças que têm cachorros passam cerca de cinco horas por dia em atividades físicas, um tempo significativamente maior do que aquelas sem pets.

4. Redução do estresse e controle da agressividade

Estudos mostram que acariciar um cachorro ou gato pode reduzir o nível de cortisol, hormônio do estresse, e aumentar a produção de serotonina e dopamina, neurotransmissores associados ao prazer e relaxamento. Crianças hiperativas ou ansiosas podem se beneficiar muito dessa interação.

O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) já publicou pesquisas apontando que ter um animal em casa pode diminuir o risco de transtornos de ansiedade na infância.

Desafios e cuidados ao ter um pet em casa

Apesar dos inúmeros benefícios, ter um pet exige cuidados e responsabilidades. Alguns pontos precisam ser avaliados antes de introduzir um animal na rotina da criança.

1. Risco de alergias

Embora o contato com pets possa fortalecer a imunidade, algumas crianças podem desenvolver alergias a pelos, saliva ou resíduos dos animais. Segundo a Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), 15% da população tem algum nível de alergia a cães ou gatos, sendo as crianças mais vulneráveis.

Se houver histórico de alergias na família, é recomendado fazer testes antes de adotar um pet. Além disso, manter a higiene do animal e da casa ajuda a reduzir a exposição a alérgenos.

2. Doenças transmissíveis (zoonoses)

Os pets podem transmitir algumas doenças para os humanos, conhecidas como zoonoses. As mais comuns incluem:

Doença Causa Sintomas Prevenção
Toxoplasmose Parasitas em fezes de gatos Febre, cansaço, dores musculares Higiene adequada ao manusear fezes
Leptospirose Urina de roedores infectados Febre alta, dor muscular, calafrios Vacinação e controle de pragas
Sarna Ácaros presentes na pele do animal Coceira intensa, vermelhidão Banhos regulares e controle veterinário
Bicho geográfico Larvas em fezes de cães e gatos Coceira intensa, lesões na pele Desparasitação dos animais

A consulta veterinária regular, vacinação e vermifugação são essenciais para evitar problemas de saúde.

3. Segurança da criança e do pet

Crianças pequenas ainda não têm total controle da força e podem machucar os pets sem perceber. Da mesma forma, cães e gatos podem reagir de forma inesperada se se sentirem ameaçados.
Para evitar acidentes, é essencial ensinar a criança a respeitar os limites do animal. Alguns sinais de desconforto em pets incluem:

  • Cães: Orelhas abaixadas, rabo entre as pernas, rosnados, corpo tenso.
  • Gatos: Orelhas para trás, bufadas, arqueamento das costas, tapas com as patas.

A interação deve sempre ser supervisionada por um adulto.

Qual o melhor pet para cada idade?

Nem todos os animais são indicados para crianças pequenas. A escolha do pet deve levar em conta o espaço disponível, o tempo que a família pode dedicar ao cuidado do animal e a idade da criança.

Idade da Criança Melhores Pets Motivo
0 a 3 anos Peixes, tartarugas Baixa necessidade de interação, baixa alergênica
3 a 6 anos Coelhos, porquinhos-da-índia Pequenos, fáceis de manusear, dóceis
6 a 10 anos Gatos, cachorros de pequeno porte Crianças já entendem responsabilidade e respeito pelo animal
10+ anos Cachorros de médio porte, aves Crianças podem cuidar ativamente e participar do adestramento

Pets como hamsters e pássaros exigem cuidados delicados e podem não ser a melhor opção para crianças muito pequenas.

Conclusão: Pet faz bem ou mal para criança?

Ter um pet pode trazer inúmeros benefícios para o desenvolvimento físico, emocional e social da criança.

O convívio com animais fortalece o sistema imunológico, melhora a autoestima e reduz a ansiedade, mas também exige cuidados, atenção à higiene e supervisão constante para garantir a segurança de todos.

Antes de decidir trazer um animal para casa, avalie o estilo de vida da família e escolha um pet adequado para a idade da criança. Com os cuidados certos, essa relação pode ser enriquecedora e durar por muitos anos.

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